
Quer dar um corte definitivo nas perdas ocultas da sua operação em marketplaces? Então, comece por entender o quanto o simples mau uso de SKU pode afetar seu lucro.
Segundo estudo da Icecat em parceria com a Shopware, produtos com dados estruturados corretamente podem apresentar crescimento de conversão de até 30%, e informações incompletas ou incorretas respondem por cerca de 23% dos casos de devolução.
Confira abaixo o guia completo com estratégias para otimizar e padronizar seu catálogo e recuperar o controle sobre as vendas!
O que são SKUs e por que eles importam tanto?
SKU é um código identificador atribuído a cada produto dentro de um sistema de gestão. Ele ajuda a diferenciar itens que, à primeira vista, podem até parecer iguais, mas possuem características específicas, como cor, tamanho, modelo ou versão.
Na prática, o SKU é usado sempre que um produto precisa ser reconhecido, movimentado ou sincronizado: no cadastro de catálogo, na entrada do estoque, na separação de pedidos, na emissão de notas, na atualização de preços, na reposição, na logística e na integração com marketplaces.
Um exemplo: Tênis modelo “Runner”, tamanho 40, cor branca → SKU: RUN-40-WHT-002. Esse SKU aparecerá no cadastro do ERP, no relatório de giro do CD, na listagem de produtos do marketplace, na etiqueta de picking e até na descrição usada pelo time de mídia para campanhas.
A qualquer momento em que o produto “aparece” dentro da operação, é o SKU que assegura que essa identificação seja exata.
Como a desorganização de SKUs afeta os algoritmos dos marketplaces?
A lógica de distribuição e ranqueamento dos marketplaces depende de dados corretos no cadastro dos produtos. Se os SKUs não estão padronizados, as consequências são:
Duplicidade que fragmenta sinais algorítmicos
SKUs diferentes que representam o mesmo produto levam o algoritmo a não gravar corretamente o histórico de vendas, avaliações e CTR. Em vez de um único produto forte, surgem múltiplos anúncios competindo entre si.
Categorização imprecisa que prejudica matching de intenção
Se os SKUs carregam atributos incoerentes, o item passa a aparecer em categorias e filtros inadequados, afetando o matching entre intenção de busca e entrega. A consequência: menor taxa de clique, menor precisão semântica e queda de visibilidade orgânica.
Variações inconsistentes que impedem agrupamento
Quando variações (cor, tamanho e modelo) usam SKUs sem padrão, o algoritmo interpreta cada uma como um produto independente. Essa falta de padronização impede o agrupamento automático, fragmenta volume de tráfego, dispersa dados de conversão e reduz a força estatística do anúncio principal.
Queda de relevância e ineficiência em mídia paga
Com dados inconsistentes, o algoritmo classifica o catálogo como menos confiável, reduzindo prioridade de entrega. Em mídia paga, a desorganização gera canibalização entre anúncios duplicados, aumento de CPC e desperdício de verba.
Como a desorganização abre brechas para golpes e sellers indevidos?
O uso incorreto de SKUs cria oportunidades para que golpistas vendam de forma ilegal usando o nome da marca. Veja quais são essas brechas:
Falsificações que se aproveitam de cadastros frágeis
A desorganização gera um cenário no qual o algoritmo não consegue distinguir o produto oficial de versões paralelas. Tal confusão permite que golpistas publiquem falsificações de produtos usando nomes semelhantes, imagens genéricas e descrições incompletas.
Sem amarração entre SKU, ID de produto e atributos obrigatórios, o sistema perde capacidade de reconhecer autenticidade e barrar produtos irregulares.
Sellers indevidos que se escondem na falta de rastreabilidade
A inconsistência no catálogo diminui a visibilidade sobre quem está listado em cada anúncio. Sem padronização de variações, o marketplace não consegue cruzar corretamente vendedor, condição do produto e preço.
Os sellers que fazem uso indevido da marca se aproveitam da ausência de parâmetros claros para ocupar o Buy Box com produtos de procedência duvidosa.
Ofertas irregulares que escapam dos controles internos
A confusão estrutural impede auditorias da marca. Quando o catálogo não possui lógica de atributos, descrições alinhadas e SKUs coerentes, ferramentas de monitoramento não conseguem identificar divergências entre a oferta oficial e as versões publicadas.
Assim, anúncios com informações falsas, produtos fora de compliance ou versões incompatíveis passam despercebidos.
Como otimizar e padronizar o catálogo de produtos?
Nossa equipe reuniu as estratégias essenciais para deixar seu catálogo mais competitivo dentro dos marketplaces:
Nomenclatura padronizada
Títulos devem seguir sempre a mesma lógica: marca + modelo + variação + atributo relevante.
Tal padronização garante que o algoritmo identifique corretamente o produto, agrupe variações e melhore o match com a busca. Evita ainda duplicidades causadas por nomes escritos de formas diferentes.
Descrições claras
Textos técnicos podem manter estrutura, terminologia e atributos iguais entre todas as variações. Se cada anúncio usa uma linguagem diferente, o marketplace perde a capacidade de relacionar itens e entender o produto.
Imagens oficiais
Utilize somente imagens originais e autorizadas. É um jeito inteligente de preservar a identidade e facilita o reconhecimento automático do anúncio pelo algoritmo.
Fotos fora do padrão (ângulos diferentes, cores alteradas ou imagens editadas) aumentam risco de confusão com falsificações e prejudicam o agrupamento.
Integração de dados
Sincronizar informações entre ERP, hubs, marketplaces e ferramentas internas é uma forma de garantir que preço, estoque, atributos e variações estejam sempre alinhados.
É a integração que evita divergências capazes de gerar anúncios fora do padrão, ruptura de estoque e inconsistência técnica na base.
Importante: para manter o catálogo forte ao longo do tempo, duas práticas são indispensáveis: auditar de tempos em tempos todos os cadastros e centralizar o cadastro em uma base única. É essa combinação que mantém o marketplace reconhecendo o produto como legítimo, completo e confiável.
Fica clara a necessidade de saber usar o SKU da forma correta, porque, no fim, ele é o ponto de partida para que o algoritmo entenda seu catálogo e entregue seu produto com máxima eficiência.
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