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Checklist de integridade comercial para o Natal: como garantir que sua marca feche o ano sem perdas

Um passo a passo de integridade comercial para o Natal: políticas de canal, PMS, monitoramento digital e estrutura para fechar o ano no verde.
Checklist de integridade comercial para o Natal: como garantir que sua marca feche o ano sem perdas

A temporada mais lucrativa do varejo também é a que mais coloca a integridade comercial à prova, e os números não deixam dúvidas. 

Um dado recente da TransUnion revela que durante o período de compras de fim de ano (incluindo Black Friday, Cyber Monday e Natal) cerca de 4,6% das transações online foram classificadas como “suspeitas de golpe digital”.

A melhor forma de evitar isso é garantir que toda a rede comercial esteja alinhada, protegida e monitorada antes da corrida natalina começar.

Se você quer fechar o ano com caixa e reputação preservada, confira abaixo o checklist de integridade comercial para o Natal e veja como aplicar cada estratégia!

1. Política de canal e revenda autorizada atualizada

A base da integridade comercial é saber quem pode vender sua marca, onde e como. Manter a política de canal e revenda autorizada atualizada significa ter regras formalizadas sobre:

  • Quais revendedores são autorizados;
  • Em quais canais podem atuar (loja física, e-commerce próprio, marketplaces, atacado etc.);
  • Quais condições comerciais precisam ser respeitadas.

Na prática, isso envolve revisar contratos e termos de adesão antes do Natal, reforçando pontos como:

  • Até quanto cada parceiro pode baixar o preço em campanhas de fim de ano, evitando guerra de preços entre canais e revendedores não alinhados;
  • Como a marca deve aparecer em banners, vitrines, páginas de categoria, nome de produto e descrições;
  • Orientar sobre logotipos, cores, slogans, claims e imagens permitidas, para evitar deturpações e promessas que a marca não sustenta.

Com a política de canal, você consegue reduzir conflitos entre revendedores, evitar acordos “por fora” e acionar parceiros que insistem em descumprir as condições acordadas.

2. Regras de PMA em vigor

O PMA (Preço Mínimo Anunciado) é uma das principais ferramentas para evitar erosão de margem e guerra de preços entre canais

Se cada revendedor define o próprio preço sem qualquer baliza, o cenário clássico de Natal aparece: um derruba demais, os outros seguem para não “ficar para trás” e, em poucos dias, sua margem foi embora.

Ter regras de PMA em vigor significa duas coisas ao mesmo tempo:

  1. Comunicação das regras para todos os revendedores;
  2. Monitoramento ativo para identificar violações e agir rápido.

Antes do Natal, você deve:

  • Atualizar a tabela de PMA com foco no cenário de fim de ano: lotes promocionais, kits especiais, prazos de campanha e eventuais preços temporariamente reduzidos;
  • Reenviar a política de PMA para toda a rede, reforçando: valores mínimos, período de validade, produtos que não podem entrar em desconto agressivo, regras de exposição dos preços em anúncios e marketplaces;
  • Deixar explicado quais são as consequências do descumprimento (advertência, perda de condições especiais, suspensão de campanhas cooperadas etc.).

O segundo pilar é o monitoramento inteligente:

  • Acompanhar regularmente os preços praticados em marketplaces, sites de revendas e anúncios pagos;
  • Criar alertas ou rotinas internas para identificar rapidamente qualquer preço abaixo do PMA;
    Agir rápido: contatar o revendedor, pedir ajuste imediato do preço e registrar a ocorrência.

3. Catálogo e SKUs revisados

Nenhuma estratégia de integridade comercial se sustenta se o catálogo de produtos estiver bagunçado

Natal é o momento em que mais aparecem: anúncio duplicado, produto com foto antiga, descrição errada, código trocado, embalagem desatualizada e, às vezes, até SKU que nem existe mais sendo vendido.

Revisar catálogo e SKUs significa:

  • Conferir se todos os produtos ativos têm informações corretas: título, descrição, variações (cor, tamanho, voltagem, fragrância etc.), ficha técnica, código e categoria;
  • Atualizar imagens oficiais: garantir que os revendedores estejam usando fotos novas, com boa qualidade, no padrão da marca;
  • Corrigir inconsistências entre canais: o mesmo SKU não pode ter título diferente, preço “estranho”, descrição incompleta ou foto de outra embalagem dependendo do lugar onde está sendo vendido;
  • Reduzir duplicidade de anúncios: no mesmo canal ou marketplace, o ideal é ter uma árvore de catálogo organizada, com menos anúncios duplicados concorrendo entre si.

No Natal, essa revisão faz com que os kits e combos sazonais (presentes, embalagens especiais e caixas de oferta) estejam cadastrados corretamente como SKUs específicos.

4. Canais oficiais bem sinalizados

No Natal, muita gente pesquisa “promoções relâmpago”, “descontos exclusivos” e “ofertas de última hora”. A busca por condições especiais abre espaço para uma confusão enorme entre canais oficiais da marca, revendas paralelas e até golpes bem montados. 

Por isso, uma estratégia de integridade comercial é deixar muito claro, para o consumidor, onde a marca realmente está e onde ela não está.

Deixe visível no site oficial, nas redes sociais e nas campanhas de mídia quais são os canais oficiais de compra. Isso inclui: site próprio, perfis verificados, loja oficial em marketplaces e, quando fizer sentido, lista de parceiros oficiais

Em campanhas, vale reforçar frases como “Compre apenas pelos nossos canais oficiais” e direcionar para uma página que explique onde o consumidor pode comprar com segurança.

Canais oficiais bem sinalizados reduzem o risco de golpes associadas ao nome da marca e diminuem a confusão do consumidor entre preço “oficial” e preço de revendas não autorizadas.

5. Monitoramento digital ativo (24/7)

O mercado digital se movimenta rápido: um anúncio irregular entra no ar, um marketplace dispara um cupom agressivo, um concorrente faz brand bidding no seu nome

E se ninguém está olhando, a perda escala sem dó. Por isso, o ideal para o Natal é operar com monitoramento contínuo:

  • Acompanhar marketplaces e e-commerces para identificar violações de PMA, produtos fora de linha sendo vendidos, anúncios duplicados e revendedores não autorizados;
  • Monitorar anúncios pagos e tráfego, detectando rapidamente práticas de brand bidding e desvio de tráfego: quando alguém compra sua própria marca como palavra-chave para captar clientes que deveriam chegar direto até você;
  • Observar uso indevido de nome, slogan ou identidade visual em redes sociais e sites;
  • Gerar alertas automáticos e ter planos de ação imediatos para correções e notificações.

Em resumo: Natal é o momento em que tudo acontece ao mesmo tempo, em todos os lugares. Se a marca não investe na blindagem comercial, alguém vai se aproveitar desse espaço: seja um golpista, seja um revendedor oportunista. 

Escrito por:
Branddi
IP Team

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